Bernardino de Lyro Barbosa - Poeta de Canavieiras
terça-feira, 29 de março de 2011
A Bahia, Cabral e a Cruz - Bernardino de Lyro Barbosa
Bahia: Terra fadada!...
Berço e pátria de Moema
Na História do Brasil
O teu nome é um poema.
Teus filhos são generosos
Ébrios por sistema
Quer nas letras, quer nas armas
Resolvem qualquer dilema.
Do Brasil foste a primeira
Aonde se fez a luz
Recebendo no batismo
O nome de Santa Cruz.
Tu és Bahia querida
A pedra que mais reluz
Dentre as pedras preciosas
Da coroa de Jesus.
É por isto que prosperas
Na fé do cristianismo
A despeito das ciladas
Das seitas do paganismo.
Do teu seio surgem homens
Exemplos no heroísmo
Grandes vultos no saber
E lides no jornalismo.
Segue Bahia o teu destino
Fita os olhos no Cruzeiro
No caminho do progresso
Seja a cruz o teu roteiro.
Foi a cruz dileta planta
Que Cabral plantou primeiro
Doces frutos desta planta
Colhe o povo brasileiro.
2 de Julho - Bernardino de Lyro Barbosa
Surge o sol de 2 de julho
Com sublime majestade
Despertando em nosso peito
O nome da Liberdade
Difunde o sol sobre a terra
Seus raios de claridade
O Brasil todo extremece
De uma a outra extremidade
Nossos jardins, nossos campos
Dão flores em quantidade
Cada flor entoa um hino
Um hino de liberdade
Aprendei; do sol e flores
Aprendei; oh! mocidade
Aplaudir com Santo Amor
O nome da Liberdade.
Com sublime majestade
Despertando em nosso peito
O nome da Liberdade
Difunde o sol sobre a terra
Seus raios de claridade
O Brasil todo extremece
De uma a outra extremidade
Nossos jardins, nossos campos
Dão flores em quantidade
Cada flor entoa um hino
Um hino de liberdade
Aprendei; do sol e flores
Aprendei; oh! mocidade
Aplaudir com Santo Amor
O nome da Liberdade.
A Lanterna de Diógenes - Bernardino de Lyro Barbosa
Diógenes, sábio filósofo
Que viveu na eternidade
Deu ao mundo cabal prova
Da sua sagacidade
Com uma lanterna acesa
Pelas ruas da cidade
Procura em pleno dia
Um homem de probidade
Este feito de Diógenes
De singular vivacidade
É uma sátira por certo
Nada abona a humanidade
É um ensino que Diógenes
Legou à posteridade
Em um livro sempre aberto
Da mais sã moralidade
Que viveu na eternidade
Deu ao mundo cabal prova
Da sua sagacidade
Com uma lanterna acesa
Pelas ruas da cidade
Procura em pleno dia
Um homem de probidade
Este feito de Diógenes
De singular vivacidade
É uma sátira por certo
Nada abona a humanidade
É um ensino que Diógenes
Legou à posteridade
Em um livro sempre aberto
Da mais sã moralidade
Pode a Sorte de Um Pobre Fazer Rico - Bernardino de Lyro Barbosa
Pode a sorte de um pobre fazer rico
E de um rico fazer um desgraçado
Mas não pode mudar os sentimentos
De um nobre coração - por Deus fadado
As riquezas do mundo são precárias
Mas aquela do berço permanece
Aos açoites cruéis da dura sorte
O seu peito fiel mais se enobrece
Quanto mais escura a noite e mais medonha
Mais a luz do relâmpago resplandece
Assim é, que nas crises do infortúnio
A virtude dos homens se conhece.
E de um rico fazer um desgraçado
Mas não pode mudar os sentimentos
De um nobre coração - por Deus fadado
As riquezas do mundo são precárias
Mas aquela do berço permanece
Aos açoites cruéis da dura sorte
O seu peito fiel mais se enobrece
Quanto mais escura a noite e mais medonha
Mais a luz do relâmpago resplandece
Assim é, que nas crises do infortúnio
A virtude dos homens se conhece.
Bernardino de Lyro Barbosa
Bernardino de Lyro Barbosa foi um poeta canavierense, nascido no Século XIX, patrono da cadeira número 19 da Academia de Letras e Artes de Canavieiras - ALAC e fundador da Sociedade Philarmônica Lyra do Commércio, ainda existente nos dias de hoje.
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